Moção de Repúdio à ação truculenta da Polícia Militar do Estado do Paraná

Moção de Repúdio à ação truculenta da Polícia Militar do Estado do Paraná que, mais uma vez, promove um massacre em Curitiba

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE, entidade representativa de mais de 4,5 milhões de trabalhadores das escolas públicas brasileiras de nível básico, vem a público REPUDIAR a ação da Polícia Militar do Estado do Paraná nesse dia 20 de junho que, de forma truculenta e extremamente violenta, agride os servidores públicos municipais de Curitiba, no Paraná, dentre os quais muitos professores e funcionários das escolas do município.

Em greve desde o último dia 12 de junho, os servidores municipais de Curitiba, em seu direito legítimo de manifestação, se concentraram em frente à Câmara Municipal de Curitiba para protestar contra as medidas que atacam os direitos dos trabalhadores municipais, afetando a vida de mais de 30 mil servidores da ativa e outros 16 mil aposentados e pensionistas. Medidas como a alteração no sistema previdenciário municipal e congelamento do Plano de Carreira dos servidores fazem parte de um conjunto de propostas que atacam os diretos dos trabalhadores sem sequer qualquer negociação ter sido iniciada com os maiores afetados desse que ficou conhecido como o “pacotaço” da maldade.

A mando do prefeito de Curitiba Rafael Greca (PMN), em conluio com o governador do Paraná Beto Richa (PSDB), a Polícia Militar do Estado agride violentamente os manifestantes que estão em luta contra os desmandos e a retirada de direitos dos servidores municipais. Não se pode admitir mais no Brasil uma polícia que sistematicamente agride o seu povo e nunca nada é feito para apurar essas atrocidades.

O esforço permanente desses governos em criminalizar as manifestações sociais, e que insistem em tirar os direitos dos trabalhadores, não porão fim à luta por garantia de direitos. As organizações sindicais sairão fortalecidas desse processo de extrema violência, cometida pelos governos e levado a cabo por suas polícias militares.

Os educadores brasileiros denunciarão mais esse caso que estarrece a todos pela brutalidade de uma Polícia Militar que, mais do que estar despreparada para lidar com manifestações de rua, parece estar, sobretudo, orientada a massacrar o seu próprio povo. Não é de estranhar que mais esse caso de violência venha a se repetir na atual quadra da História brasileira, quando vivemos claramente em um regime de exceção em que a maior vítima é a própria democracia brasileira.

Brasília, 20 de junho de 2017

Diretoria Executiva da CNTE